Por Adão Alves
Prazer em meio às trevas
A solidão beija-me novamente
Seus lábios gélidos tocam os meus
Ela nunca me abandona
Ela jamais me deixará
Não sei por que estou aqui
Não sei por que meu coração é esmagado dessa maneira
Sinto-me cansado
Mas é o preço a se pagar por amar alguém
O amor é uma chama
Que incendeia tudo ao seu redor
A vida queima
Meu peito arde
Longe do amor
Em meio ao meu quarto escuro
Encaro aquele rosto da cor da neve
Sinto o cheiro de seu desejo
Aqueles lábios negros beijam meu corpo
O frio de seu beijo arrepia os meu pelos
Em pouco tempo me entrego
Tudo o que posso sentir é o prazer que emana de sua boca
Aquele frio congela meu peito que antes queimava
Eu esqueço o mundo assim como ele me esquecera
Escuto baladas sobre a beleza do amor
E deito-me ao lado da jovem pálida
Seus braços me envolvem com carinho
Suas pernas nuas deslizam sobre as minhas
Seu corpo aperta-se contra o meu
Seus lábios me dominam
Olho no fundo dos seus olhos
É assim que ela me conquista
Seus gemidos de prazer ecoam pelo quarto vazio
Suas unhas perfuram minhas costas
O suor escorre de meu corpo
São gotas geladas
É como se eu estivesse morto
Porém cheio de prazer
Ela agora dorme em meus braços
Adormecerei admirando sua face pálida e graciosa
Sentindo seu perfume misturado ao cheiro do pecado
Quero acordar sentido o peso de seus seios sobre o meu corpo
3 comentários:
Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. (:
clarice lispector pressumo!
Sim, ela me faz suspirar! *-*
Postar um comentário